sexta-feira, 22 de abril de 2011

ARMAS, ARMAÇÕES E PALHAÇADAS (A arte de iludir - parte III) - Autor: Antonio Brás Constante

ARMAS, ARMAÇÕES E PALHAÇADAS (A arte de iludir – parte III)

Autor: Antonio Brás Constante

 

Andam falando tanto em bullings nas escolas, em bullings entre crianças, e até em bullings nos ambientes de trabalho (para quem não sabe o bulling é uma agressão, muitas vezes disfarçada de brincadeira). Mas o que dizer então do bulling contra o cidadão? De sermos feitos de palhaços, sem chance de defesa. Indivíduos eleitos que usam o poder constituído como arma para praticarem suas armações, queimando o suado dinheiro de nossos impostos obrigatórios a troco de nada. Isso a meu ver só tem um nome, PALHAÇADA!

 

Gastar 300 milhões de reais (ou mais) para fazer (DE NOVO) um referendo sobre o desarmamento (“porque o povo tem que se manifestar e ser ouvido nessas questões” é o que arrotam como argumento) é a mais pura e inútil PALHAÇADA.

 

Primeiro, se proibir alguma coisa resolvesse um problema, nosso País não teria drogados. Em segundo lugar, se querem combater a violência esqueçam as armas e foquem nas pessoas. As pessoas matam com guarda-chuvas, matam com pedaços de pau. Matam com facas. Matam com automóveis. Matam com as próprias mãos. Se alguém quer matar, dá um jeito.

 

Se o governo quer gastar 300 milhões de forma eficiente, melhore a fiscalização e o controle nas nossas fronteiras, é de lá que vem às milhares de armas ilegais que entram em nosso País. Ou melhorem a estrutura dos departamentos de polícia, ou seja, se PODEM GASTAR (já que parece que o dinheiro está sobrando), que gastem de forma útil à sociedade. Porque ninguém aqui é palhaço de ficar vendo seu dinheiro torrado com inutilidades e perguntas imbecis.

 

Mas se querem tanto saber o que o povo pensa, então façam os questionamentos que nós estamos ansiosos para lhes responder, corja de irresponsáveis e politiqueiros. Perguntem então o que achamos de seus aumentos absurdos de salários. Gastem com um referendo para saber se a população aprova suas mordomias, pagas com nossos impostos. E acatem a decisão popular que bradará em coro para que estes abusos cessem, para que este roubo dos cofres públicos não mais aconteça.

 

Gostaria realmente de ter o poder, meus caros (onerosamente caros) deputados e senadores (e demais abutres da nação) de, por exemplo, enfiá-los como pacientes nas filas dos hospitais, fazendo-os sofrer dores terríveis enquanto esperam longas horas por precário atendimento, ou colocá-los espremidos diariamente dentro de ônibus e/ou trens, e ver se conseguem ter essas idéias mirabolantes para o gasto do dinheiro público, ou se finalmente acordariam para as necessidades da população que lhes elegeu e que paga seu gordo salário. Se os congressistas querem desarmar alguém, comecem desarmando seus próprios seguranças ou parem com essa hipocrisia.

 

Se alguém acha de forma inocente que alterações no estatuto do desarmamento poderiam ter evitado a chacina que ocorreu no Rio de Janeiro, está enganado. Aquilo foi um crime premeditado por uma mente perturbada, que mataria de qualquer jeito. Se ele não tivesse revolveres a disposição, teria utilizado facas afiadas com resultados hediondamente semelhantes. Ou talvez tivesse ateado fogo na escola. Ou envenenado a água das crianças, ou a comida. De qualquer modo ele teria dado um jeito de por em prática seus horrendos atos.

 

E agora aparece uma turminha querendo utilizar esta fatalidade como bandeira para desperdiçar nosso dinheiro, e com isso matar outros tantos inocentes. Você não leu errado, pois eles vão MATAR gente SIM. Ao botar fora dinheiro que poderia ser utilizado em prol da saúde ou da nossa segurança, essa laia execrável de enfatiotados, está nos expondo aos infortúnios da falta de médicos ou de medicamentos, ou de atendimento na área de saúde, porque para isso SEMPRE FALTA DINHEIRO. Ou faltam policiais, para prover nossa segurança, porque o dinheiro que poderia ser utilizado nestes segmentos está sendo utilizado como dejeto para adubar referendos inúteis.

 

Enfim, o sentimento que aflora sobre esta forma inconseqüente de gerenciar nosso patrimônio público é de nojo, raiva, decepção. Brincar assim é crueldade com o bolso do contribuinte, uma verdadeira PALHAÇADA, disfarçada de grande preocupação, é assim que tentam nos enganar com sua famigerada e descarada arte de iludir...

 

NOVA NOTA DO AUTOR: Produzi um filme no Youtube (escrito, dirigido e encenado por este eterno aprendiz de escritor), se quiser assistir ao filme e quem sabe dar boas risadas, basta acessar o Youtube e procurar por: “3D – Hoje é seu aniversário” (o filme foi feito em padrão 3D). Quem quiser também pode me pedir uma cópia em PDF do meu livro: “Hoje é seu aniversário – PREPARE-SE”, o livro impresso está disponível pela editora AGE (www.editoraage.com.br), ou se quiser fazer parte de minha lista de leitores, para receber semanalmente meus textos, basta enviar um e-mail para: abrasc@terra.com.br.

 

Site: abrasc.blogspot.com

 

ULTIMA DICA: Divulgue este texto aos seus amigos (vale tudo, o blog da titia, o Orkut do cunhado, o MSN do vizinho, o importante é espalhar cada texto como sementes ao vento). Mas, caso não goste, tenha o prazer de divulgá-lo aos seus inimigos (entenda-se como inimigo, todo e qualquer desafeto ou chato que por ventura faça parte de um pedaço de sua vida ou tente fazer sua vida em pedaços).

 

 

 

Um comentário:

Breno Duarte disse...

Talvez esse referendo deva-se aos nosos cidadãos que são facilmente manipulados pela imprensa... Simples, oq aconteceu foi uma fatalidade. Só q os meios de comunicação expuseram com tal sensacionalismo, q criou uma comoção nacional, e a imprensa, ainda q indiretamente, pressionou o governo por alguma solução. A população foi junta. O governo para "mostrar serviço" criou o referendo. Simples assim. Agora, se a população refletisse com menos passionalidade tomariam decisões mais sérias e corretas. Sou contra a venda e o porte de armas. Para mim arma é algo q deve ser utilizado apenas para poucas pessoas capacitadas para isso. Não adianta tentar conter violencia gerando-a... Uma hora a corda tende a romper pelo lado mais fraco, e esse lado pode ser uma criança inocente...