quinta-feira, 26 de junho de 2008

VESTINDO A CAMISINHA HI-TECH

VESTINDO A CAMISINHA HI-TECH
(Autor: Antonio Brás Constante)

A cada dia a ciência cria novas curiosidades, que nas mãos de escritores acabam virando textos. Comigo não foi diferente. Primeiro foram os implantes de silicone musicais para os seios (“os seios tocam”), depois foi descoberta a clarividência através das nádegas (“bundomancia - olhando o futuro por trás”), e agora a novidade é a tal camisinha hi-tech, que promete dar uma mãozinha (sem a necessidade de se utilizar às mãos) para aqueles que precisam levantar coisas que vão além da própria moral.

Em um mundo aonde as invenções vem procurando amaciar as rotinas do dia-a-dia, o referido produto afirma fazer justamente o contrário para felicidade de seus usuários. Não tenho idéia de como funcionaria a tecnologia descrita (provavelmente seu modo de operação deverá ser similar ao dos elevadores), mas é sempre bom entender o funcionamento de acessórios dessa espécie, principalmente se você pretender um dia usá-los e se houver a necessidade de “downloads” (plugar por onde para se estabelecer à conexão?).

Neste cenário hi-tech, expressões sobre as facilidades de se dar o boot através do equipamento, podem ganhar interpretações inesperadas. A tal camisinha provavelmente já virá com um kit básico, composto com alguns comprimidos para dor de cabeça, procurando evitar as eventuais desculpas de mulheres que não estejam com muita vontade de interagir como uma tomada para este tipo de diversão.

Logo devem estar criando o viagra hi-tec, recheado de nanotecnologia voltada também ao prazer de seus consumidores. Quem sabe até com controle remoto para ajustes, tais como: tamanho, volume, etc. E com a função “auto-repeat” visando satisfazer até os mais animadinhos na cama. (ou seja lá o que forem usar nestas horas).

Como toda tecnologia esta sujeita a falhas, não faltariam aqueles que colocariam a culpa na camisinha por qualquer ausência de funcionamento durante seu manuseio, justamente no momento em que eles tivessem decidido parar de ler o manual para testar as novidades prometidas.

Talvez até tenham que criar um SAC (serviço de atendimento a camisinha), que lidaria com os mais diversos tipos de reclamações, como por exemplo: “não liga”, ou “não desliga”, ou ainda “a camisinha entrou em conflito com a prótese de silicone musical de minha esposa e cada vez que tentamos algo toca o alarme de incêndio aqui de casa através dos seios dela. Tenho que desligar agora porque alguns bombeiros já arrombaram a porta da frente enquanto outros estão jogando água pela janela exatamente em cima de nossa cama. Bem que um bundomante já havia me avisado que isto poderia acontecer...”.

Enfim, a tecnologia promete melhorias fantásticas em nossas vidas. Ressuscitando antigas atividades que antes residiam apenas nas lembranças de muitos. Resta-nos procurar evoluir juntamente com estas inovações, aproveitando ao máximo todos os seus benefícios e, na pior das hipóteses, sabendo como desativar o alarme de incêndio.

P.S: estou criando um site parodiando o seriado LOST, basta acessar: www.hploco.com/lost ou acessar minha comunidade no ORKUT: “LOST - HUMOR”

E-mail: abrasc@terra.com.br
Site: www.recantodasletras.com.br/autores/abrasc

NOTA DO AUTOR: Divulgue este texto para seus amigos. (Caso não tenha gostado do texto, divulgue-o então para seus inimigos).

NOVA NOTA DO AUTOR (agora com muito mais conteúdo na nota): Caso queira receber os textos do escritor Antonio Brás Constante via e-mail, basta enviar uma mensagem para: abrasc@terra.com.br pedindo para incluí-lo na lista do autor. Caso você já os receba e não queira mais recebe-los, basta enviar uma mensagem pedindo sua retirada da lista. E por último, caso você receba os textos e queira continuar recebendo, só posso lhe dizer: "Também amo você! Valeu pela preferência".

ULTIMA NOVA NOTA DO AUTOR: Agora disponho também de ORKUT, basta procurar por "Antonio Brás Constante".

sábado, 21 de junho de 2008

USANDO OS DEDOS PARA FALAR DA LINGUA (Parte 2)

USANDO OS DEDOS PARA FALAR DA LINGUA (Parte 2)
(Autor: Antonio Brás Constante)

A língua é um assunto que não me sai da cabeça (ou melhor, da boca). Alias, às vezes ela até sai, mas nos momentos em que a pessoa para quem ela está sendo dirigida não está olhando. Eu, ao dizer, escrever, ou fazer isto, lembro que a língua é o símbolo do desagravo, do deboche.

Quando se exibe a língua para alguém é porque nada mais pode ser dito. Não há palavras que descrevam o que significa mostrá-la, salvo quando se vai ao médico, que aí vale a famosa frase: “Diga aaaaa...”, geralmente seguida de um palito de picolé (sem o picolé) que é enfiado na sua goela, dando-lhe aquela inevitável ânsia de vômito. Não resista a esta vontade, pois enquanto você não passar mal, o médico não vai retirar o palito da sua boca, ao contrário, ele var enfiar ainda mais fundo na sua garganta.

A língua já foi utilizada como o símbolo da sabedoria despojada, na figura de Eisten. Que com irreverência e simplicidade mostrou sua baita língua ao mundo e todos amaram e registraram a cena que entrou para nossa história. Mesmo no mundo das estrelas da música a língua marca presença. O que seria de Mick Jaeger, por exemplo, sem sua língua exposta. Mostrá-la é sua marca registrada.

Na higiene de alguns animais o papel da língua é fundamental. Os cachorros limpam-se usando a língua. Também os gatos tomam verdadeiros banhos de língua, daí a expressão: “banho de gato”. Pois, os felinos limpam cada pedacinho de seus corpos com ela. Cada pedacinho mesmo (nojentos!).

Agora o momento tão esperado e prometido, nós vamos discutir a língua no sexo. Todas as pessoas usam suas línguas neste momento, nunca ouvi falar de nenhum caso em que as pessoas extraíssem suas línguas para fazer amor. Se ela fosse algo como uma dentadura, até poderia. Mas acredito que a imagem de uma língua em um copo com água, ao lado da cama dos amantes, não seria uma imagem muito agradável de se ver.

Poderíamos passar várias horas discutindo sobre o sexo e a língua, mas a censura me impede de ir mais a fundo neste assunto. Mesmo a expressão “mais a fundo”, só foi possível de ser colocada no texto, após uma vasta discussão sobre seu duplo sentido.

Quando falo de censura, estou me referindo as minhas três tias beatas de Tucuruí. Responsáveis pela correção gramatical e pela manutenção de um bom nível escrito nos textos. Sem palavrões ou qualquer frase que macule seus olhos virgens de obscenidades.

Por isto, só posso me referir a língua como instrumento de alimentação. Utilizada quando se deseja lamber um gostoso picolé, saborosamente cremoso, derretendo dentro do calor de nossa boca. Ou chupar deliciosamente o suco doce do gomo de uma bergamota, que escorre pelo rosto, refrescando a pele por onde passa. Ou a mordida suave e deliciosa em um morango maduro e suculento, umedecendo e lambuzando nossos lábios. Desfrutar destas delicias pode nos proporcionar prazeres indeléveis, que só podem ser sentidos e saboreados pelo toque de nossas línguas ásperas e macias.

Para finalizar fica o meu conselho, usem suas línguas com sabedoria e o mundo será... Será... Como posso dizer... Será... Puxa vida, a frase está na ponta da língua...

E-mail: abrasc@terra.com.br
Site: www.recantodasletras.com.br/autores/abrasc

NOTA DO AUTOR: Divulgue este texto para seus amigos. (Caso não tenha gostado do texto, divulgue-o então para seus inimigos).

NOVA NOTA DO AUTOR (agora com muito mais conteúdo na nota): Caso queira receber os textos do escritor Antonio Brás Constante via e-mail, basta enviar uma mensagem para: abrasc@terra.com.br pedindo para incluí-lo na lista do autor. Caso você já os receba e não queira mais recebe-los, basta enviar uma mensagem pedindo sua retirada da lista. E por último, caso você receba os textos e queira continuar recebendo, só posso lhe dizer: "Também amo você! Valeu pela preferência".

ULTIMA NOVA NOTA DO AUTOR: Agora disponho também de ORKUT, basta procurar por "Antonio Brás Constante".

sexta-feira, 13 de junho de 2008

M.A.C (Mamíferos Aptos para Consumo).

M.A.C (Mamíferos Aptos para Consumo).
(Autor: Antonio Brás Constante)

Sempre que ouvimos falar em evolução falta uma peça no quebra-cabeça formulado no cerne das bases cientificas, filosóficas ou mesmo religiosas. Dispomos de 98% do DNA dos macacos, e ainda assim nos diferenciamos deles de forma assombrosa (alguns indivíduos, pelo seu modo de agir, nem tanto). Darwin bem que tentou explicar, as religiões também tentaram, todos sem muito sucesso. Porém, uma nova teoria invade minha fértil mente neste instante, algo aterrador, fantástico e na pior das infinitas hipóteses, verdadeiro.

Vamos entrar no embalo das teorias de conspiração, alterando algumas percepções para transforma-las em teorias da evolução. Começaremos com uma simples pergunta: Quantos seres humanos já foram abduzidos? De tempos em tempos aparece a notícia de que alguém foi capturado, estudado e devolvido intacto de volta ao nosso planeta. Este tipo de sistema não seria a mesma técnica de amostragem utilizada em alguns modelos de controle de qualidade?

E se os seres humanos fossem algo parecido com um tipo de chester. Criados por uma cadeia de lanchonetes intergaláctica para consumo de suas redes. Talvez aquilo que entendemos como universo seja apenas uma gigantesca incubadora, onde as pessoas são criadas, cultivadas e incentivadas para crescer e se multiplicar como um rebanho. Sendo incutido em nossas mentes algumas premissas básicas, como por exemplo, a religiosidade, algo bem bolado, pois evitaria que acabássemos nos matando à-toa (mais do que já nos matamos), também explicaria porque toda nossa evolução está nos empurrando para uma vida cada vez mais sedentária, com gente cada vez mais gordinha.

Some a isto a escassez dos recursos naturais e terá um aviso de que o fim está próximo para raça humana. Ao que tudo indica, a inteligência recebida por nós foi crucial para nossa proliferação em massa (já somos quase sete bilhões de bifes ambulantes e aumentando). Poderíamos dizer que nos enquadramos como um tipo de gado extremamente rentável, pois nos alimentamos sozinhos, engordando cada vez mais. Nós mesmos nos vacinamos, nos limpamos e multiplicamos, tudo feito em um gigantesco curral chamado de Terra, mas que dispõe do que precisamos para ficar cada vez mais tenros e suculentos. Qualquer outro animal não teria condições de se manter sozinho e possivelmente morreria diante da primeira peste, ou do primeiro meteoro, os dinossauros é que o digam.

Se tudo isto for de algum modo verdadeiro, poderemos supor que já está quase na hora da colheita final, onde serão separados o joio do trigo, com criminosos, políticos em geral e alguns tipos de advogados, sendo removidos como joio e torrados na grande fornalha infernal para servirem de adubo ou mesmo de ração, que será usada para alimentar algum monstro interestelar doméstico, de nome impronunciável, mas que se fosse um cachorro terrestre seria apelidado de Totó. Já os escolhidos, iriam para o céu... De uma das doze bocas de alguma criança alienígena, com seus oito braços e três cabeças, onde os humanos seriam servidos em nuvens deliciosas de pão com gergelim, nas cadeias de lanchonetes espaciais, com o sugestivo nome de M.A.C. (Mamíferos Aptos para Consumo).

Espero estar totalmente errado sobre estas teorias, apesar de que se elas forem verdadeiras, explicariam muita coisa sobre de onde viemos, para onde vamos e qual o sentido de nossas vidas. De qualquer forma, acho que seria uma boa idéia iniciarmos uma bela dieta.

E-mail: abrasc@terra.com.br
Site: www.recantodasletras.com.br/autores/abrasc

NOTA DO AUTOR: Divulgue este texto para seus amigos. (Caso não tenha gostado do texto, divulgue-o então para seus inimigos).

NOVA NOTA DO AUTOR (agora com muito mais conteúdo na nota): Caso queira receber os textos do escritor Antonio Brás Constante via e-mail, basta enviar uma mensagem para: abrasc@terra.com.br pedindo para incluí-lo na lista do autor. Caso você já os receba e não queira mais recebe-los, basta enviar uma mensagem pedindo sua retirada da lista. E por último, caso você receba os textos e queira continuar recebendo, só posso lhe dizer: "Também amo você! Valeu pela preferência".

ULTIMA NOVA NOTA DO AUTOR: Agora disponho também de ORKUT, basta procurar por "Antonio Brás Constante".

sexta-feira, 6 de junho de 2008

USANDO OS DEDOS PARA FALAR DA LÍNGUA (Parte I)

USANDO OS DEDOS PARA FALAR DA LÍNGUA (Parte I)
(Autor: Antonio Brás Constante)

A maioria dos seres vivos que conseguimos ver possui uma língua. Talvez você me pergunte: “E eu com isso?”. Bom, você eu não sei, mas eu vou falar deste instrumento bucal, que faz parte da anatomia de mamíferos, aves, répteis etc, bem como em animais de outros planos de existência, de outras galáxias e até de outras eras.

A língua é um utensílio básico que está na boca do povo. Pode ser encontrada tanto em minúsculas moscas como em gigantescas baleias. Ela é de certa forma tão importante, que se comparada a outras partes do corpo, acaba marcando sua presença de forma mais constante. Por exemplo, as aves não têm braços, mas têm língua. Os golfinhos não têm pernas (nem braços), mas têm língua. Alguns tipos de animais podem ser até cegos, mas a língua está lá para ajudá-los em suas vidas (digo “ajuda-los” porque com certeza ela não está atrapalhando).

A língua está presente também na culinária. Quem de nós, seres humanos, já não passou ou ainda vai passar pela seguinte situação: você chega ao bufê e vai se servindo das várias especiarias ali oferecidas, e eis que encontra uma travessa com aquela carne diferente, encoberta em um molho delicioso. Resolve pegar um pedaço, mesmo sem saber que tipo de carne é aquela. Ao cortá-la percebe o quanto ela é macia e tenra. Prova uma primeira garfada sentindo o seu sabor... Hummm... Uma delicia. Resolve repetir, pois aquela iguaria está maravilhosa.

Após se entupir de tanto comer, você fatalmente acabará fazendo duas perguntas ao garçom. A primeira, por curiosidade, é que tipo de carne era aquela que você comeu. O garçom, abrindo um sorriso quase imperceptível, num misto de sadismo e crueldade, lhe informará: - Era língua.

A partir deste momento tudo a sua volta começa a girar, a saliva inunda sua boca, sua pele fica fria e pegajosa, você empalidece e pensamentos sombrios tomam conta de sua mente. Então aquilo era língua? O estômago embrulha, os olhos embaçam e um gosto ruim alastra-se pelos seus sentidos gustativos. Sua própria língua se revolta contra você. Uma sensação de repulsa invade cada célula de seu corpo e você faz a segunda pergunta, quase engasgando com o excesso de saliva na boca: - Onde é o banheiro?

É importante lembrar a língua desempenha um fator importantíssimo no que diz respeito ao amor e o sexo. É através do beijo que tudo começa. No roçar das línguas os corpos estremecem e o relacionamento esquenta. As línguas invadindo a boca dos amantes, se tocando em uma espécie de dança exótica, se excitando, despertando a libido do prazer.

Eu agora iria dedicar algumas páginas para descrever todas as delícias provocadas pela boa e estimulante língua, porém, como percebo que muitos leitores ainda não se recuperaram inteiramente da lembrança da língua com molho (alguns até ficaram meio verdes e com aparência enjoada), o melhor é encerrar o texto por aqui. Falaremos da língua como instrumento sexual numa próxima vez e não esqueçam, a partir de agora, antes de comer alguma coisa, perguntem primeiro o que é. (Fim da parte I)

E-mail: abrasc@terra.com.br
Site: www.recantodasletras.com.br/autores/abrasc

NOTA DO AUTOR: Divulgue este texto para seus amigos. (Caso não tenha gostado do texto, divulgue-o então para seus inimigos).

NOVA NOTA DO AUTOR (agora com muito mais conteúdo na nota): Caso queira receber os textos do escritor Antonio Brás Constante via e-mail, basta enviar uma mensagem para: abrasc@terra.com.br pedindo para incluí-lo na lista do autor. Caso você já os receba e não queira mais recebe-los, basta enviar uma mensagem pedindo sua retirada da lista. E por último, caso você receba os textos e queira continuar recebendo, só posso lhe dizer: "Também amo você! Valeu pela preferência".

ULTIMA NOVA NOTA DO AUTOR: Agora disponho também de ORKUT, basta procurar por "Antonio Brás Constante".